sábado, 12 de setembro de 2015

Ritmos: Malfuf

Embrulhado, ou enrolado seria a tradução literal mais adequada para a palavra que dá nome ao ritmo desta semana. Malfuf, Malfouf, Leff, Luff ou Laff é um ritmo que originário da África, em especial do norte do continente. Muito conhecido no Egito e Líbano, sua cadência é muito parecida com a de ritmos muito ouvidos no Brasil, como o forró ou baião (um dos ritmos que os árabes haviam incorporado na nossa cultura). É um ritmo bem forte, vibrante. 
Composição
Sua composição é muito simples, trata-se de um 2/4. A frase musical é curta: DUM TAKA TAKA
Mas afinal, se a composição é simples, por que a tradução do nome retoma a ideia de enrolar, embrulhar? Uma das explicações diz que ele é utilizado nas músicas de Melea Laff (dança do lenço enrolado, usado também como gíria: "enrolação"). Outra justificativa: este ritmo é usado para entradas e saídas. Ou seja, ele introduz e finaliza a música e a passagem da bailarina, enquanto o centro da apresentação contém o recheio, ou seja, toda a técnica da dança. Por fim, há outra que faz referência aos famosos (e deliciosos) charutinhos, arroz e carne enroladinhos por repolho ou folhas de uva.
Aqui abaixo temos um Malfuf no derbake logo no início do vídeo, e abaixo um Malfuf na entrada e na finalização de uma música clássica interpretada pela dançarina Polímnia Garro.
 

Características
Ele aparece muito em solos de derbake e em músicas clássicas, possuindo ainda uma versão mais lenta no Raks El Shamadã (Dança do Candelabro) e no Melea Laff sua versão é muito acelerada. O Malfuf rápido aparece nas entradas e nas saídas nas músicas clássicas, logo muito presente para deslocamentos. No geral ele é primordialmente usado para marcar a transição dos diferentes trechos melódicos, o que faz com que ele seja visto como um ritmo "ponte", ligando momentos diferentes da apresentação. Apesar de ser usado em danças antigas e de origem folclórica, tal como o Hagalla e o Dabke, o ritmo é encontrado em músicas modernas e coreografadas para grupos.

Como treinar
Como sempre, comece pela frase simples e depois tente acelerar o ritmo.

Dicas de passos
Como já foi dito, o Malfuf aparece com frequência nas aberturas e finalizações de músicas clássicas e durante os derbakes. Por isso, a preferência é que a bailarina opte por fazer deslocamentos, mostrando leveza, agilidade e domínio do espaço. Sua forma acelerada permite fazer passos como passeio no bosque, caminhadas e giros.

Fonte:
http://www.dancadoventrebrasil.com/2009/05/ritmos-malfuf.html
https://cadernosdedanca.wordpress.com/2010/06/28/malfuf/

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