sábado, 27 de fevereiro de 2016

Acessórios: Véu Poi

É preciso ter muita agilidade e coordenação para se apresentar com o pói. Esta invenção foi incorporada à dança do ventre mais ou menos na mesma época do véu fan, sendo utilizado estritamente em palcos, principalmente porque exige espaço.
Um véu de seda preso com fio de naylon em uma bolinha de peso encapada com o mesmo tecido do véu. Quando a bailarina gira o acessório, o efeito é uma verdadeira ilusão, como se o véu estivesse se movimentando sozinho. O truque está no peso da bolinha, que conduz o movimento do tecido puxado pelo fio transparente.
Originalmente, é um elemento da cultura Maori, da Nova Zelândia, e é usado de forma artística, como exercício ou simplesmente como um hobby, em especial pelas mulheres. Nesta cultura, a palavra “poi” pode remeter tanto à coreografia, ao objeto ou ao acompanhamento musical.
led poi
O segredo aqui é nunca deixar o véu parado. Por isso, a preparação física é fundamental para literalmente colocar o véu para girar. Como exige velocidade, é mais comum vê-lo em apresentações modernas. Quando usados em dupla, você pode desenvolver movimentos em posições contrárias, por exemplo, girando um deles para um lado e o outro na direção oposta, ocupando o plano horizontal ou vertical.
véu poi
Outro movimento muito usado é cruzar o véu acima da cabeça, com as mãos posicionadas bem rente. O efeito é de uma “borboleta”. Outras formas geométricas e desenhos também podem ser feitos.
Na dança do ventre o pói é formado por um véu, mas há outras versões que utilizam o pói de luz ou de fogo (imagem), como é comum em apresentações de tribal.

 



Fonte:
https://cadernosdedanca.wordpress.com/2010/09/15/veu-poi/

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Acessórios: Véu Ribbon

Este estilo de dança, de origem chinesa, tem aparecido com mais frequência em vídeos de fusão com dança do ventre. Algumas bailarinas as chamam de véu ribbon, que significa fita em inglês. Na China, ela é conhecida como Cai Dai Wu Dao.
A origem desta dança na cultura chinesa está associada à lenda de Hsiang Po. Certo dia, um homem que tentou matar o imperador. Hsiang Po salvou sua vida ao bloquear o golpe de espada com sua manga. O povo da Dinastia Han inventou, então, uma dança para lembrar de Hsiang Po com gratidão, mostrando sua honra e respeito por ele. Nesta dança, os bailarinos seguram fitas curtas, que simbolizamas mangas de Hsiang Po.
As fitas longas e coloridas foram acrescentadas durante a Dinastia Tang. Ao acrescentarem a vareta às fitas, os bailarinos passaram a criar desenhos que, segundo sua cultura, lembram o movimento dos dragões ou arco-íris. Hoje, dois tipos de fitas parecem estar sendo usadas: no primeiro, a fita é contínua e muito longa, passando por detrás do pescoço da bailarina. As varetas ficam disfarçadas no meio do tecido. O segundo tipo é semelhante às fitas usadas pela GRD. As fitas de seda são presas às varetas.
O efeito das fitas é lindo e chama muita atenção no palco. Muitos são semelhantes aos movimentos das fitas na GRD, o que me faz pensar se este estilo também não foi inspirado na cultura chinesa. No entanto, é bom que algo fique claro: o que chama a atenção são os desenhos das fitas. 
Os movimentos das bailarinas ficam em segundo plano.  As bailarinas chinesas, por exemplo, ou não costumam fazer grandes movimentos, além daqueles necessários para formar o desenho ou optam por saltos e movimentos que lembram as lutas orientais ou mesmo malabarismos. Outra escolha que fazem é demonstrar seu excelente equilíbrio. Mas, todas as vezes que elas querem enfatizar uma pose ou um passo, elas simplesmente largam ou seguram as fitas ou as deixam imóveis.
No caso da dança árabe feminina, usar as fitas requer uma escolha, de maneira semelhante à que ocorre com os leques de seda. Ou se mostra os movimentos das fitas, ou se mostra os movimentos do corpo. Devido ao fato de que os desenhos chamam muita atenção, movimentos de quadril ou tremidos acabam por não serem vistos pelo público. Portanto, eu não diria que é o tipo de performance a ser feita quando se quer mostrar habilidade técnica (exceto pela técnica das fitas em si, claro).
Abaixo seguem dois vídeos com a versão  de dança árabe feminina.
 


Fonte:
http://grupoamaryllis.blogspot.com.br/2011/11/veu-ribbon-ou-danca-das-fitas.html

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Acessórios: Fan Veil

Leque de seda para a dança do ventre, além de mais um elemento, é a marca de uma fusão com a dança tradicional oriental.  Não se tem uma definição de onde começou a dança que conhecemos por Fan Veil, ou véu leque, mas há um indício de que sua origem tenha sido na dança oriental coreana e japonesa, Buchaechum (coreana) e a Odori (japonesa).
  
A dança com o véu leque seria uma combinação da dança oriental com a dança do leque coreana Buchaechum (fan dance). Sendo que foi adaptado um véu de seda pura ao leque para dar ênfase aos movimentos.
O fan véu começou a aparecer na dança do ventre por volta de 2003. Época em que vários grupos de dança chinesa começaram a se apresentar com frequência nos E.U.A, e  pode ter influenciado as praticantes da dança do ventre a fazerem essa fusão.
A fusão permite criar algo novo e diferente, como performances mais arrojadas na dança do ventre. Acredita-se que foi assim que os movimentos da dança oriental se fundiram muito bem com os movimentos da dança do ventre.
A beleza encantadora dele, o efeito que proporciona quando movimentado com destreza e graciosidade é um ponto alto no show.
A dança com os fans (leques) é uma oportunidade para aqueles que querem experimentar a fusão dos movimentos da dança do ventre, com ritmo coreano ou japonês. Quando bem trabalhados, ficam maravilhosos!
O uso do Leque de Seda faz parte da dança moderna e portanto não há necessidade de se utilizar música árabe, pelo contrário, trilha sonora de filmes, melodias líricas e composições para piano são ideais para esse estilo. 
O treino com o leque exige da bailarina expressividade de braços, boa postura e elegância de movimentos. Os movimentos devem ser suaves e sem pressa em executá-los. Usar da força não fará os movimentos interessantes, pelo contrário, o tecido perderá linha de movimento. Lembre-se do sentido orignal desta dança: o movimento líquido da barbatana de um peixe. Se você seguir essa inspiração conquistará flexibilidade e fluência necessários para o estilo.
 


Fonte:
http://manoelajacome.blogspot.com.br/2011/05/fan-veil-ou-veu-leque.html
http://dvcursoonline.blogspot.com.br/2015/01/danca-do-ventre-online-17-leque-de-seda.html

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Acessórios: Véu Wings

Infelizmente, não há muita pesquisa a respeito da origem deste véu na dança do ventre. Alguns dizem que é uma adaptação das imagens e rituais da Deusa Ísis, sendo que ela teria se transformado em uma ave para cantar suas lamentações. Outros falam que foram as americanas que introduziram este acessório em formato de asa para chamar a atenção do público.
Pode até ser que a religião tem algo a ver com isso, mas será que alguma egípcia deixaria de usa-lo por respeito ao islamismo? Hum... não sei.
Em em alguns países ele nem é ensinado, talvez a verdadeira criadora do estilo seja mesmo Loie Fuller. Se a técnica é originalmente americana, isso significa que veio de lá e as americanas, como sempre, devem ter puxado a ideia para a dança do ventre e associado a deusa.

Independente das especulações, muitas bailarinas, famosas ou não, usam o véu wings em suas apresentações. Ele também é chamado de véu borboleta e asas de anjo (Isis Wings, Alas de angeles…) por causa do formato em asas e pode ter várias cores e feito em diversos tecidos.
No início, eram plissados e de uma cor só, mas hoje costumam ser coloridos, fruta cor e até de seda. Pode até ter só um lado da asa. Na hora de escolher, vai personalidade de cada bailarina. Existe um tamanho padrão de 3 metros para cada asa e uma altura de 1,50 m, mas você pode ir em ateliês e fazer um sob medida.
Eram muito caros quando ficaram famosos, mas hoje estão com o preço mais conta em razão da quantidade de pessoas que produzem esses véus. Existem dois modelos básicos: egípcio e argentino. O primeiro possui um velcro que você prende no pescoço, limitando o uso do véu como borboleta.
O argentino não tem isso, é uma faixa mais comprida, e assim é possível brincar com o véu de diversas maneiras: você pode colocá-lo no pescoço, cintura e fazer todos os movimentos que costuma realizar com um véu normal como helicóptero, asa de anjo, leque…além de outros tipos de giros.
Dançar com o véu wings parece fácil, mas engana-se quem pensa assim. Você precisa ter domínio dos movimentos, por isso, não fique achando que este ornamento vai esconder a sua dança. Sem contar que uma ótima postura e força nos braços são fundamentais para que os passos saiam bem executados ao mesmo tempo que leves.
Geralmente, as bailarinas escolhem músicas modernas, com batidas fortes e usam o véu como entrada de um show. Para quem gosta de algo mais clássico, dá para dançar uma música mais lenta, basta manter o tom de mistério. Mas na maioria das vezes ele é usado em entradas para chocar o público e passar a impressão de que a bailarina voa pelo palco.
A argentina Angeles criou uma coreografia para lá de moderna na qual ela não larga o véu de jeito nenhum. É uma dança que exalta este acessório, a flexibilidade e a habilidade da bailarina.
 
Fonte:
http://ventreemebulicao.blogspot.com.br/2010/08/origem-do-veu-wings.html
https://cadernosdedanca.wordpress.com/2010/08/25/veu-wings/