sábado, 28 de março de 2015

Bellynesian

Os vídeos abaixo mostram a dança polinésia original:
 

Segundo a bailarina Sonia Ochoa, uma das integrantes do grupo Bellydance Superstars, a dança do ventre é uma maneira de traduzir o ritmo e a melodia da música árabe em movimentos do nosso corpo.
Pensando nisso, ela estuda a bellynesian, dança típica do Tahiti, que se assemelha muito com a dança do ventre nos passos, postura e até mesmo na dissociação corporal.
Para ela a fusão entre essas duas danças é inevitável. Por isso, vamos estudar neste post algumas características desta fusão.
A dança Hula é típica do Havaí e muito antiga. Mais que uma dança, ela faz parte da cultura da região e é baseada na religião. É repleta de cantos e rica em ritmos e acessórios naturais como flores na cabeça.
Esta dança procura vangloriar a natureza, por isso muitos movimentos lembram, por exemplo, o balanço das ondas do mar. Desta forma, os bailarinos refletem sobre a vida e seus sentimentos.
Claro que com o passar dos anos, o show business inseriu a dança havaina no contexto mundial o que fez com que esta dança perdesse um pouco das suas características essenciais.
Hoje em dia é quase impossível ver uma dança serena, ela é praticamente regada por elementos cênicos ou costuma aparecer em muitas fusões, como no caso do Bellynesian. Lembra da dança do jarro? Ela pode ter algumas características desta fusão. Veja o vídeo das bellydance superstars com o jarro e a bellynesian.
Como que a dança hula aparece na dança do ventre? Comece pelos quadris. Pense nos oitos para baixo e para trás ou no redondo bem contido da dança do ventre. Agora, exagere nos movimentos.
Faça bem grande e trabalhe com seus joelhos e transferência de peso entre uma perna e outra. Assim, o movimento fica bem próximo aos da hula.
O segredo está também na direção do seu dedão do pé. Isso mesmo. Na dança do ventre, mantemos, na maior parte do tempo, os pés paralelos no chão, certo?
Na Bellynesian deixamos bem levemente os dedões virados na diagonal para fora. Experimente: o movimento sai bem maior. Mas não esqueça de deixar os seus joelhos acompanharem o movimento dos pés, senão você pode se machucar.


Fonte:
https://cadernosdedanca.wordpress.com/2011/02/23/bellynesian/

sábado, 21 de março de 2015

Bellypop

 
A passagem da cantora Shakira provoca êxtase em muitos fãs. A colombiana hipnotiza ao misturar suas canções pop com coreografias de dança do ventre (e eu apelidei de bellypop - rs). Após o show de Shakira, que aprendeu a dançar aos quatro anos de idade com a avó libanesa, o ritmo tem se popularizado entre mulheres de todas as idades.
Para quem pretende dançar, não há restrições. A arte milenar criada pelas sacerdotisas egípcias há sete mil anos é, além de um exercício físico, uma atividade terapêutica. A consciência corporal aumenta e há um reencontro com a feminilidade, já que a prática pode levar ao aumento da autoestima e à superação de bloqueios emocionais e corporais. A dança do ventre é extremamente sensual e, por isso, é tão comum dançarinas mostrarem grande habilidade nos palcos mesmo estando acima do peso considerado “ideal”. O grande desafio é a dançarina aceitar seu corpo exatamente como ele é e se permitir entrar no ritmo do derback (instrumento de percussão étnico oriental).
Conhecido como a dança da fertilidade, o ritual evocava a fecundidade da terra e das mulheres. Até hoje é comum, durante cerimônias de casamento, dançarinas tocarem o ventre da noiva desejando um bom parto. O movimento massageia os órgãos internos femininos, aliviando tensões e dores, como cólicas, além de fortalecer a musculatura das pernas, abdômem e pélvis.
 

Curiosidade: A dança do ventre chegou ao ocidente após o filme “As mil e uma noites”, lançado em 1942. Desde então, o ritmo árabe vem crescendo e, em Porto Alegre, é possível encontrar diversas escolas especializadas na modalidade. Cantores como Tony Mouzayek, que nasceu na Síria mas mora no Brasil desde 1970, ajudam a divulgar a música árabe. Suas canções ficaram conhecidas durante a novela “O Clone”, que mostrava a cultura oriental. O libanês Fady Harb, que realizou um show na capital gaúcha início de abril, inova misturando ritmos tradicionais com a música eletrônica, divulgando a cultura árabe entre os jovens em todo o mundo.

Fonte:
http://www.ufrgs.br/vies/vies/danca-do-ventre-para-quem-quiser-dancar/

sábado, 14 de março de 2015

Belly Zouk ou Zouk Árabe?

Nas ruas desde 2012, dispensa comentário; né?
Vamos assistir as coletâneas de vídeo que fiz dessa fusão de dança do ventre com zouk.

 

Mas pra quem não conhece... o zouk (pronuncia-se "zuque") é um ritmo lento de lambada originários das Antilhas Francesas de Guadalupe e Martinica. Autores de música Charles De Ledesma e Gene Scaramuzzo trace o desenvolvimento do zouk ao Guadalupe gwo ka e Martinica bélè (gwo ka e ti bwa).
O criador do zouk foi o grupo Kassav', que misturou o calipso, um estilo musical afro-caribenho, e a makossa, um estilo musical originário das regiões urbanas do Camarões, ganhando o nome de zouk na Europa, em 1985, através da música "Zouk la sé sèl médickaman nou ni", que cunhou o estilo com o nome zouk. É de notar que zouk não era o nome do estilo musical: de facto, os Kassav' nunca tinham atribuído esse nome ao estilo que desenvolveram, significando zouk, em Crioulo do Haiti, "festa". Por outras palavras, o nome da música em português é "A festa é o único medicamento que temos". Como em França pouca gente entendia o Crioulo, e o nome que sobressaía do título era zouk, o estilo passou a ser conhecido, então, por zouk.


Zouk - que significa "festa" - é uma dança praticada no Caribe, mais frequentemente nas ilhas de Guadalupe e Martinica. Assim como o merengue, o zouk é dançado trocando-se o peso basicamente na cabeça dos tempos musicais (o que muitos professores de dança chamam simplesmente de tempo). Afora algum estilo que utiliza somente a cabeça do tempo, em geral entre as cabeças se marca também no intervalo entre as mesmas, no que é chamado de contratempo (como por exemplo no samba)- marcado com o chamado 1,2. No contratempo, se faz o movimento característico do zouk: uma ginga ou um movimento sinuoso (onda) conhecido como cobrinha.
No Brasil, utiliza-se a música zouk para uma espécie de dança oriunda da lambada, porém com movimentos mais adaptados ao andamento da música. A lambada era muito rápida e frenética, impossibilitando muitos passos que existem hoje. A dança zouk brasileira possui hoje vários estilos. Mas a base para a dança nunca deixou de ser a lambada e os giros e movimentos de braços presentes na salsa, soltinho, rock and roll e forró, entre outros.
É preciso ter muito cuidado para não confundir a música com a dança. A dança zouk brasileira pode ser dançada com diversos ritmos: kizomba, tarraxinha, cabolove, cabozouk e zouk R&B. A dança zouk do Caribe (passada) está em muitos lugares, como França e Inglaterra. Os principais polos do zouk caribenho são Cabo Verde e Haiti. A dança e estilo musical kizomba, que é parecido com o zouk, é de origem angolana, tendo forte implementação nos países africanos de língua oficial portuguesa, mas não está relacionada com o zouk dançado no Brasil. O zouk love é um ritmo mais lento da dança zouk.


Considera-se que o zouk dançado no Brasil não é o mesmo dançado no Caribe. Os passos brasileiros são semelhantes aos da lambada, mas realizados mais lentamente. O ritmo dançado nos demais países é chamado de zouk love e seus passos são diferentes, por serem mais suaves. O zouk love possui três passos principais: o zouk cannelle (canela), o zouk gingembre (gengibre) e o zouk piment (pimenta”).
Para esses passos, é necessário considerar que os momentos de transferência do peso corporal ocorrem com movimentos de inclinação e de circundação da cabeça. O passo básico chamado canela se dá de maneira semelhante ao caminhar, para a frente e para trás, durante o qual o homem e a mulher se colocam de frente um para o outro .
Assim, o membro inferior direito de cada dançarino estará próximo ao membro inferior esquerdo de seu parceiro. O movimento é iniciado com a perna direita do homem projetando-se para a frente e, consequentemente, a perna esquerda da mulher projetando-se para trás. A seguir, ambos se reparam, agrupando os membros inferiores, para "dar um passo" no sentido oposto: a mulher movimenta a perna esquerda para a frente e o homem a acompanha com a perna direita para trás. Esse movimento de vaivém é contínuo ao longo da dança.
O passo gengibre envolve a semiflexão dos joelhos, seguida de extensão, assemelhando-se ao movimento de descer e subir. Essa movimentação, na articulação do quadril, é realizada à direita e à esquerda. Já o passo pimenta é a fusão dos anteriores (canela e gengibre), com o casal dançando o mais próximo possível, entrelaçando os membros inferiores. Embora algumas articulações tenham sido enfatizadas na descrição dos movimentos, na caracterização do zouk não basta apenas dar passos para a frente, para trás e para os lados. É necessário desenvolver todo o corpo ao dançar.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Zouk

sábado, 7 de março de 2015

BellyTango

Misture a delicadeza e a sensualidade da dança do ventre com a dramaticidade e a elegância do tango e você terá o… “bellytango” ou “tango-ventre” ou qualquer outro nome que quiser dar para essa fusão. Não se sabe exatamente quando surgiu, mas trata-se de um fenômeno contemporâneo.
“O tango é um pensamento triste que se pode dançar”, disse Enrique Discépolo (1901-1951), letrista argentino. Para a fusão podemos dizer mais ou menos a mesma coisa, mas para entendê-la melhor, nada como resgatar um pouco da história do tango, afinal, de dança do ventre conhecemos um pouco mais.
O tango nasceu nas ruas e casas noturnas da Buenos Aires do final do século XIX. Na época, era dançado por homens e só depois começou a ser difundido e circular entre casais de imigrantes ou proletários. Com o tempo, conquistou as classes altas e o mundo, principalmente com Carlos Gardel e a revolução estrutural de Astor Piazzolla, em 1950.
Nesta fusão, a expressividade é uma questão essencial, afinal, a dança do ventre, mas principalmente, a portenha é muito marcada pela expressão facial dos dançarinos. Outro detalhe é a postura, que na dança do ventre é um pouco mais suave e relaxada e no tango é tensa e bastante alongada.
No chamado bellytango ou tango-ventre, é possível se apresentar dançando sozinha, em casais ou grupos. Os passos mais repetidos quando misturam-se esses estilos são o “gancho” (aquela levantadinha de perna) e o “ocho” (aquele oito ou símbolo do infinito feito deslizando a pontinha do pé no chão).
Nanda Najla é uma das bailarinas brasileiras que trabalha a fusão, como no vídeo aí acima, interpretando “La cumparsita” com Carlos Clark. Em entrevistas, ela afirma que é fundamental ter conhecimentos de teoria e leitura musical. O tango, por exemplo, é caracterizado por um compasso dois por quatro. e na música árabe, bem, você já está cansada de saber que há diversos ritmos com bases diferentes.
As músicas são inspiradas nos tangos argentinos e podem ser mais tradicionais, puxadas para o tribal ou também para as batidas eletrônicas. Se você quer se arriscar, procure informar-se sobre o tango para incorporar na sua dança do ventre elementos adequados e que realmente sejam desta outra dança, evitando descaracterizá-la na fusão.
Para inspirar você selecionamos um vídeo de Amir Thaleb, que abre este post, responsável pela melhor adaptação da fusão que encontramos até agora. Amir dá um show e realmente mistura ambas as danças, ao contrário de alguns profissionais e amadores que dançam parte da música com movimentos de dança do ventre e outra parte com os do tango.
 


Fonte:
https://cadernosdedanca.wordpress.com/2011/04/12/tango-e-danca-do-ventre/