sábado, 21 de março de 2015

Bellypop

 
A passagem da cantora Shakira provoca êxtase em muitos fãs. A colombiana hipnotiza ao misturar suas canções pop com coreografias de dança do ventre (e eu apelidei de bellypop - rs). Após o show de Shakira, que aprendeu a dançar aos quatro anos de idade com a avó libanesa, o ritmo tem se popularizado entre mulheres de todas as idades.
Para quem pretende dançar, não há restrições. A arte milenar criada pelas sacerdotisas egípcias há sete mil anos é, além de um exercício físico, uma atividade terapêutica. A consciência corporal aumenta e há um reencontro com a feminilidade, já que a prática pode levar ao aumento da autoestima e à superação de bloqueios emocionais e corporais. A dança do ventre é extremamente sensual e, por isso, é tão comum dançarinas mostrarem grande habilidade nos palcos mesmo estando acima do peso considerado “ideal”. O grande desafio é a dançarina aceitar seu corpo exatamente como ele é e se permitir entrar no ritmo do derback (instrumento de percussão étnico oriental).
Conhecido como a dança da fertilidade, o ritual evocava a fecundidade da terra e das mulheres. Até hoje é comum, durante cerimônias de casamento, dançarinas tocarem o ventre da noiva desejando um bom parto. O movimento massageia os órgãos internos femininos, aliviando tensões e dores, como cólicas, além de fortalecer a musculatura das pernas, abdômem e pélvis.
 

Curiosidade: A dança do ventre chegou ao ocidente após o filme “As mil e uma noites”, lançado em 1942. Desde então, o ritmo árabe vem crescendo e, em Porto Alegre, é possível encontrar diversas escolas especializadas na modalidade. Cantores como Tony Mouzayek, que nasceu na Síria mas mora no Brasil desde 1970, ajudam a divulgar a música árabe. Suas canções ficaram conhecidas durante a novela “O Clone”, que mostrava a cultura oriental. O libanês Fady Harb, que realizou um show na capital gaúcha início de abril, inova misturando ritmos tradicionais com a música eletrônica, divulgando a cultura árabe entre os jovens em todo o mundo.

Fonte:
http://www.ufrgs.br/vies/vies/danca-do-ventre-para-quem-quiser-dancar/

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