A Dança com pandeiro tem diversas origens, porém não há registro, nos países orientais, somente o vídeo de Aza Sharif (1980) em que ela segura por alguns segundos um Mazhar, ou a libanesa Nadia Gamal que também o utiliza num show em 1983.
A falta de informações se dá por conta deste estilo de dança pertencer à categoria de dançarinas de Haréns: as almeh que raramente foram vistas pelos ocidentais.
As almeh diferentemente da ghazyia, eram bailarinas cantoras extremamente educadas e letradas, que utilizavam o pandeiro (Daff ou Riq) para pontuar suas canções. Em filmes antigos, da era dourada, aparece uma ou outra cantora dedilhando um daff, mas essa tradição quase se extinguiu por conta de uma lei muçulmana que proibia as mulheres de tocar instrumentos musicais. Para quem não sabe no Egito Antigo o ato de tocar pandeiros, harpas e cantar era destinado às mulheres.
Originalmente o pandeiro foi um instrumento conectado com rituais femininos em culturas como o Egito, Suméria, Magna Grécia, Pérsia e Anatólia (Turquia) relacionado às divindades tectônicas e lunares.
Kubaba, Cybele, Dindymene, Rhea são nomes de deusas figuradas com pandeiros cujo significado era marcar o ritmo da vida. Geralmente o instrumento representava a Lua em uma relação entre planeta e satélite direcionando e determinando os acontecimentos.
Como parte do ritual as sacerdotisas egípcias passavam óleo essencial de olíbano na pele do pandeiro e em Çatal Huyuk (Turquia) - grande centro religioso da pré-história - as mulheres bezuntavam com mel, uma homenagem à deusa.
A pele dos instrumentos também tinha uma importância ritual: eram derivadas do sacrifício de animais sagrados, tendo a relação com aquele que deu a vida e o sangue em nome da manutenção da fartura e fertilidade dos campos. Ressaltando aqui que eram sociedade agrícolas em sua maioria.
No Oriente Médio o pandeiro como instrumento circular, seja ele um Mazhar, daff ou bendir aparece em diversos momentos das manifestações populares, seja nos protestos políticos, nas festas em homenagem aos santos muçulmanos ou nas comemorações de família. A relação de que o som produzido por ele influi no direcionamento da vida.
Enquanto que na dança ainda não se esclareceu ao certo o que e como utilizá-lo - talvez em receio de cometer-se erros ou aberrações - pois pouco se sabe a respeito da Ahmeh egípcia.
Outras fontes narram a origem do pandeiro como parte da tradição Romany. Você pode assisti-los na Turquia dançando com pandeiros abertos, sem pele, mas é apenas um acessório decorativo na dança. Nenhum Romany turco afirmou ou aceitou essa dança como parte da tradição cigana, o que chegou a ser discutido por eles é que nós ocidentais criamos diversos estereótipos a respeito e um deles é a da cigana dançando com um pandeiro, assim como a saia rodada.
Na Turquia o pandeiro está relacionado à Itália, pela Tarantela, uma dança ritual bem diferente das coreografias folclóricas que estamos acostumados a assistir em festas das Nações.
Faz um certo sentido porque na Magna Grécia - atualmente as ilhas italianas que mantém essa cerimônia - havia uma dança ritual com pandeiros em nome da deusa negra Cybelle. Essa tradição se mantém até hoje, porém sincretizada com o catolicismo como uma Nossa Senhora Negra.
A bailarina e percussionista mais conhecida é a italiana Alessandra Bellloni, que escreveu um livro sobre os ritmos em honor à Madona Nera: "Rhythm is the Cure" Southern Italian Tambourine. No livro Alessandra descreve ritmos e é possível assisti-la no DVD, a técnica de tocar também é vertical como a árabe.
Não podemos esquecer da Bíblia que descreve diversos momentos, no Antigo Testamento, como a Dança de Miriam, os pandeiros estão relacionados mais à tradição judaica do que propriamente à cigana.
Enfim, o pandeiro é um acessório cênico utilizado pela bailarina enquanto dança e é tocado apenas em alguns momentos para fazer as marcações da música. Ou seja, ela não toca o tempo inteiro como faz o músico com o pandeiro. Ele serve para dar um charme a mais, para incrementar a dança.
Não deve ser tocado em músicas lentas ou taksins. Há quem o toque em solos de derbak, o que pode torná-los ainda mais bonitos, se bem executados.
Usar roupas alegres, geralmente com moedas. Pode ser dançada com um vestido baladi, que também é usado para a dança da bengala.
Na maioria das vezes, ela tocava para outras mulheres dançarem. Porém, com a influência cigana, passou a tocá-lo também durante a dança.
Nesta dança a bailarina realiza alguns movimentos da dança do ventre enquanto segura o pandeiro próximo ao quadril, acima do ombro ou da cabeça, por exemplo, como um elemento decorativo.
Ligado a ritmos folclóricos, esse instrumento está relacionado com o mais autêntico espírito oriental, por isso o traje de quem o toca deve ser o vestido. Com o som forte do pandeiro, a bailarina deve marcar o ritmo com precisão e graça, realizando as batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, para marcar as partes mais fortes da música.
Uma dica é fazer batidas no pandeiro apenas nas batidas mais fortes da música, e nos outros momentos utilizá-lo como elemento decorativo. Por isso recomenda-se que se dance em músicas alegres, animadas, ritmadas e bem marcadas.
Geralmente usam-se ritmos mais rápidos, nos quais acompanham-se as batidas da percussão, como por exemplo no said, malfuf e falahi.
O pandeiro árabe, ou daff, como também é chamado, tem o som e a aparência um pouco diferente do nosso pandeiro ocidental e diz-se que ele entrou na Dança do Ventre através dos ciganos do Antigo Egito.
Era sempre feita com o sentido da comemoração, da alegria e da festa. Assim como os snujs, acompanha-se seu som com o ritmo da música. A melodia ideal é a que tem bastante toques de pandeiro.
A falta de informações se dá por conta deste estilo de dança pertencer à categoria de dançarinas de Haréns: as almeh que raramente foram vistas pelos ocidentais.
As almeh diferentemente da ghazyia, eram bailarinas cantoras extremamente educadas e letradas, que utilizavam o pandeiro (Daff ou Riq) para pontuar suas canções. Em filmes antigos, da era dourada, aparece uma ou outra cantora dedilhando um daff, mas essa tradição quase se extinguiu por conta de uma lei muçulmana que proibia as mulheres de tocar instrumentos musicais. Para quem não sabe no Egito Antigo o ato de tocar pandeiros, harpas e cantar era destinado às mulheres.
Kubaba, Cybele, Dindymene, Rhea são nomes de deusas figuradas com pandeiros cujo significado era marcar o ritmo da vida. Geralmente o instrumento representava a Lua em uma relação entre planeta e satélite direcionando e determinando os acontecimentos.
Como parte do ritual as sacerdotisas egípcias passavam óleo essencial de olíbano na pele do pandeiro e em Çatal Huyuk (Turquia) - grande centro religioso da pré-história - as mulheres bezuntavam com mel, uma homenagem à deusa.
A pele dos instrumentos também tinha uma importância ritual: eram derivadas do sacrifício de animais sagrados, tendo a relação com aquele que deu a vida e o sangue em nome da manutenção da fartura e fertilidade dos campos. Ressaltando aqui que eram sociedade agrícolas em sua maioria.

Enquanto que na dança ainda não se esclareceu ao certo o que e como utilizá-lo - talvez em receio de cometer-se erros ou aberrações - pois pouco se sabe a respeito da Ahmeh egípcia.
Outras fontes narram a origem do pandeiro como parte da tradição Romany. Você pode assisti-los na Turquia dançando com pandeiros abertos, sem pele, mas é apenas um acessório decorativo na dança. Nenhum Romany turco afirmou ou aceitou essa dança como parte da tradição cigana, o que chegou a ser discutido por eles é que nós ocidentais criamos diversos estereótipos a respeito e um deles é a da cigana dançando com um pandeiro, assim como a saia rodada.
Na Turquia o pandeiro está relacionado à Itália, pela Tarantela, uma dança ritual bem diferente das coreografias folclóricas que estamos acostumados a assistir em festas das Nações.
Faz um certo sentido porque na Magna Grécia - atualmente as ilhas italianas que mantém essa cerimônia - havia uma dança ritual com pandeiros em nome da deusa negra Cybelle. Essa tradição se mantém até hoje, porém sincretizada com o catolicismo como uma Nossa Senhora Negra.
A bailarina e percussionista mais conhecida é a italiana Alessandra Bellloni, que escreveu um livro sobre os ritmos em honor à Madona Nera: "Rhythm is the Cure" Southern Italian Tambourine. No livro Alessandra descreve ritmos e é possível assisti-la no DVD, a técnica de tocar também é vertical como a árabe.
Não podemos esquecer da Bíblia que descreve diversos momentos, no Antigo Testamento, como a Dança de Miriam, os pandeiros estão relacionados mais à tradição judaica do que propriamente à cigana.
Enfim, o pandeiro é um acessório cênico utilizado pela bailarina enquanto dança e é tocado apenas em alguns momentos para fazer as marcações da música. Ou seja, ela não toca o tempo inteiro como faz o músico com o pandeiro. Ele serve para dar um charme a mais, para incrementar a dança.
Não deve ser tocado em músicas lentas ou taksins. Há quem o toque em solos de derbak, o que pode torná-los ainda mais bonitos, se bem executados.
Usar roupas alegres, geralmente com moedas. Pode ser dançada com um vestido baladi, que também é usado para a dança da bengala.
Na maioria das vezes, ela tocava para outras mulheres dançarem. Porém, com a influência cigana, passou a tocá-lo também durante a dança.
Nesta dança a bailarina realiza alguns movimentos da dança do ventre enquanto segura o pandeiro próximo ao quadril, acima do ombro ou da cabeça, por exemplo, como um elemento decorativo.
Ligado a ritmos folclóricos, esse instrumento está relacionado com o mais autêntico espírito oriental, por isso o traje de quem o toca deve ser o vestido. Com o som forte do pandeiro, a bailarina deve marcar o ritmo com precisão e graça, realizando as batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, para marcar as partes mais fortes da música.
Uma dica é fazer batidas no pandeiro apenas nas batidas mais fortes da música, e nos outros momentos utilizá-lo como elemento decorativo. Por isso recomenda-se que se dance em músicas alegres, animadas, ritmadas e bem marcadas.
Geralmente usam-se ritmos mais rápidos, nos quais acompanham-se as batidas da percussão, como por exemplo no said, malfuf e falahi.
O pandeiro árabe, ou daff, como também é chamado, tem o som e a aparência um pouco diferente do nosso pandeiro ocidental e diz-se que ele entrou na Dança do Ventre através dos ciganos do Antigo Egito.
Era sempre feita com o sentido da comemoração, da alegria e da festa. Assim como os snujs, acompanha-se seu som com o ritmo da música. A melodia ideal é a que tem bastante toques de pandeiro.
Fonte:
http://rosangelabronca.blogspot.com.br/p/estilos-de-danca.html
http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/modalidades/14/danca-com-pandeiro/56
http://isiszaharabellydance.blogspot.com.br/2011/02/danca-com-pandeiro-origens-significados.html
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