sábado, 13 de dezembro de 2014

Dança do Castiçal ou Dança do Candelabro ou Raks Al Shamadan

Zouba El Klobatyia
O candelabro representa a iluminação dos caminhos. Em geral, é a dança presente em nascimentos, aniversários e, principalmente, em casamentos. Nesta ocasião, a bailarina vai à frente do cortejo dos noivos, no ritual conhecido como Zeffa, para levar a luz à união e atrair felicidade. Acredita-se que o Raks el Shamadan seja de origem egípcia ou relacionado ao judaísmo. Afirma as escravas costumavam usar velas na cabeça para servir os faraós durante à noite, pois não havia iluminação ambiente e elas estavam com as mãos ocupadas carregando bandejas e objetos que precisavam levar e trazer. Da mesma forma, outra história é que as mulheres usavam candelabros na cabeça para iluminar os caminhos do deserto depois do poente do sol. Viravam uma espécie de lanterna ambulante. O que temos certeza é que a dança com candelabro antecedeu à criação das tacinhas. Os candelabros podem ser de diversos tamanhos, com sete a 17 velas (brancas ou coloridas) e a estrutura é de metal pesado, para que o diâmetro se encaixe perfeitamente na cabeça da bailarina e permaneça bem equilibrado.
Como esta dança ainda mantém uma forte ligação com a tradição, os vestidos longos e que cobrem o corpo são os mais utilizados. Pelo mesmo motivo, é raro encontrar bailarinas se apresentado com candelabros em restaurantes, cafés, entre outros eventos. Costuma ser usado em palco e em conjunto com outros acessórios. Se quiser manter mais ainda a tradição, opte pela cor branca ou preta. Os tecidos são sempre pesados e sem transparências, como veludos. Outro detalhe muito importante é que é muito comum as bailarinas utilizarem um véu sobre a cabeça, embaixo do candelabro. Zaffe ou Malfuf são os ritmos mais usados nestas apresentações, mas também é possível encontrar com Baladi, Falahi e Saidi. E a velocidade mais lenta exige movimentos ondulados, oitos, redondos e trabalho de braço. Explore bastante a sinuosidade, inclusive no chão, mas não esqueça que você também tem liberdade para fazer marcações com batidas e tremidinhos, pois é uma dança que requer bastante equilíbrio.

Curiosidade: A dança com candelabros, independente do Zeffa egípcio tem origem no passado, provavelmente começou nos tempos do rei Salomão, quando os escravos iluminavam os palácios.
Mas foi no século XX que o estilo incorporou-se ao ritual de casamento no Egito. A dançarina Zouba el Klobatyya foi primeira ou a mais conhecida bailarina que utilizou as velas (klob) sobre a sua cabeça, equilibrando-as. Até então a procissão do casamento egípcio era realizada com um cortejo, cujos familiares dos noivos seguravam longas velas com o intuito de espantar maus espíritos, inveja ou qualquer influência negativa sobre o novo matrimônio. Pode se assistir neste vídeo de 1954 uma procissão de Zeffa em que não há Shamadan, Nadia Gamal interpreta o clássico oriental, e é possível de identificar mulheres segurando longas velas ao fundo.
A partir de Zouba a procissão passou a ser conduzida por dançarinas equilibrando em torno de doze à treze velas sobre a cabeça. Essa performance foi inspirada na bailarina cristã Shafiya el Koptya (Shafiya a copta) o que nos leva a pensar sobre as remotas origens da dança. A dança tornou-se parte do espetáculo da Dança Oriental quando Nadia Hamdi utilizou o candelabro em uma dança com descidas até o chão e spacattos.



Este tipo de dança existe a muitos anos e fazia parte das celebrações de casamento e nascimento de crianças. É tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a bailarina conduz o cortejo do casamento levando um candelabro, específico para a dança, na cabeça. Desta maneira, ela procura iluminar o caminho do casal de noivos, como uma forma de trazer felicidade para eles.
Hoje em dia, é comum que a bailarina apresente a dança do candelabro no começo de seus shows. Este pode ser de 7, 9, 13 ou até mesmo de 17 velas, a critério de cada uma.
É de costume que a roupa seja toda preta ou toda branca, mas não há problema nenhum em dançar com roupas de outras cores também. O ideal é que a roupa seja composta e adequada para este tipo de dança que é considerada sagrada, por celebrar casamentos e nascimentos de crianças.

As velas, na maioria das vezes, são brancas, porém há quem goste de velas coloridas e acreditam em seus significados. Vermelho é o amor passional, sexo e fecundidade. Lilás é transmutação, amarelo é saúde, verde é dinheiro, branco é pureza, azul é carinho e rosa é afeto.

Fonte:
http://isiszaharabellydance.blogspot.com.br/2011/01/danca-com-candelabro-shamadan.html
https://cadernosdedanca.wordpress.com/2010/08/18/candelabro/

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