sábado, 30 de julho de 2016

Pressa: uma grande inimiga

Acho que tenho uma ideia do porquê a gente tem pressa de aprender. A gente vive atualmente num mundo onde quase tudo acontece muito rápido. Por exemplo a gente pode agora ligar para um amigo por WhatsApp no Japão. Podemos fazer uma postagem agora e pessoas do mundo verem quase instantaneamente.
Claro que esta facilidade e rapidez nos ajudam e a gente quer continuar com elas. Mas também a gente precisa saber que há outras questões que funcionam mais à moda antiga: demoram para acontecer.
Dançar com certeza é uma delas. Dançar não é algo que ocorre rápido. Envolve todo um processo de aprendizagem. Que leva tempo pra ocorrer. Tempo que deve ser usado com treinos, dedicação, motivação e paciência.
E o mais curioso é que quando a gente é criança, tudo que a gente aprende passa por sucessivos estágios, e levam tempo pra acontecer. Por exemplo, foi assim quando a gente aprendeu a andar, a falar, a andar de bicicleta, a escrever. Mas aí parece que quando a gente vira adulto a gente esquece este processo e quer agir diferente dele. Quer aprender tudo pra ontem e ainda ficar a melhor de todas. Meio loucura, né?
Então vamos deixar a rapidez para outras áreas da nossa vida. Na hora de aprender a dançar a gente vai ter paciência e passar por todos os estágios.

A gente separou algumas etapas que passamos quando estamos aprendendo. 
Veja se você se identifica:

Estágios da Aprendizagem da Dança do Ventre
1) A gente não consegue fazer o movimento
2) A gente vê o movimento na profa e não sai na gente
3) A gente começa a fazer. O movimento sai devagar e bem desengonçado, bem diferente da versão da professora.
4) Menos desengonçado, mas ainda a gente precisa pensar pra fazer
5) Sai com mais facilidade. Não é + preciso pensar tanto, mas ainda não tão bonito
6) Sai com mais facilidade e beleza. Você já dominou o movimento
7) Você já consegue fazer variações nele, como aumentar a velocidade, inserir braços, colocar tremidos, mudar a qualidade para mais alegre ou introspectivo, etc

E uma dica bem importante: curta o trajeto! Não só a chegada é boa, mas também o caminho. Neste caminho a gente conhece mais quem somos, do que gostamos, o que é fácil e o que é difícil. A gente aprende mais sobre nosso corpo e nossa alma. A gente aprende a se valorizar mais e a entregar mais disso para o mundo. Vale muito a pena! Aproveite suas aulas: curta o caminho!

Fonte:
http://www.centraldancadoventre.com.br/publicacoes/artigos/26/danca-do-ventre-a-pressa-e-inimiga-da-apresentacao/17363

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